Bituca vira composto para adubo
Senai disponibiliza duas caixas coletoras no portão da instituição durante a Semana do Meio Ambiente
O ideal era apagar o cigarro de uma vez por todas, em razão do comprovado mal que ele causa à saúde das pessoas. Agora, se isso é inevitável, pelo menos durante essa Semana do Meio Ambiente a regra é não jogar as bitucas no chão, o que já é uma grande ajuda ao Planeta. Fumantes das redondezas do Senai, no Anhangabaú, podem ir além: descartar o “resto de cigarro” em uma caixa coletora e permitir que ele seja reciclado.
A novidade em Jundiaí faz parte de uma parceria entre a coordenação da instituição com a empresa Poiato Recicla, de Sorocaba, que vai deixar, durante esta semana, duas caixas nos portões da escola. Na próxima semana, a empresa recolherá as bitucas que passarão pelo processo de reciclagem.
Para o coordenador pedagógico do Senai, Orestes Romano, também membro do Conselho de Leitores do BOM DIA, o objetivo é conscientizar especialmente os alunos de que bituca é lixo e não deve ser descartada no chão. “Como é uma ideia inédita, resolvemos trazer para que os jundiaienses conheçam essa alternativa”, diz.
Segundo Marcos Robles Poiato, dono da empresa, depois que entrou em vigor a lei antifumo em locais fechados, aumentou significativamente o número de bitucas jogadas nas ruas, onde as pessoas estão fumando. Sem depósitos adequados, vão para as calçadas e qualquer lugar, um descarte indevido.
Como a bituca é feita de filtro e algodão, em contato com a água ela incha e, devido a suas substâncias, ela acaba se tornando uma massa que entope bueiros e causa enchentes, por exemplo. “Sem contar que as pesquisas mostram as bitucas lançadas de carros como as principais responsáveis por queimadas em matas”, afirma.
A solução / A Poiato recolhe as caixas coletoras e encaminha para uma empresa em Uberlândia, responsável pelo processamento do material. A bituca é moída, processada e depois fica em período de quarentena sendo umidecida e seca. Após esse processo, esse material é misturado com um composto orgânico que é colocado em adubos.
“Esses adubos são usados para paisagismo e em áreas degradadas, vale lembrar que essa ação apenas acelera o processo de decomposição da bituca”, explica Marcos. Estudos mostram que elas duram de 2 anos a 20 anos no Meio Ambiente
O objetivo de Marcos é procurar a Prefeitura de Jundiaí para apresentar o projeto, além de bares e empresas. A Poiato já atua em Votorantim e São Bernardo do Campo.
Mais de 36 mil bitucas foram descartadas
Em Votorantim, durante 30 dias de coleta, a empresa recolheu 31 caixas com 14,5 quilos de bitucas. Essa quantidade equivale a 36,8 mil bitucas descartadas.
30%
da população é fumante, segundo Marcos Poiato.
"Blog dos alunos do curso TÉCNICO MEIO AMBIENTE da Escola Técnica Saude ESTES-UFU"
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quarta-feira, 8 de junho de 2011
MEIO AMBIENTE
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Curso Técnico Meio Ambiente "MUSEU"
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quarta-feira, junho 08, 2011
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