alunos Curso Tecnico Meio Ambiente

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vale do Rio Doce, uma empresa com pulmão de ferro


Em apenas seis anos, a ex-estatal elevou seu valor de mercado de US$ 9 bilhões para US$ 77 bilhões, transformando-se na segunda maior mineradora do mundo. Privatização continua sendo questionada.

No final de outubro deste ano, Roger Agnelli, presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), mostrou mais uma vez por que é considerado o "iron man" do mercado mundial de mineração. Com nervos de aço, conduziu as negociações com acionistas, autoridades, trabalhadores e órgãos antitruste na América do Norte e na União Européia para fechar a compra da Inco, mineradora canadense de níquel, por US$ 18 bilhões.

Foi a maior aquisição já realizada por uma empresa com sede na América Latina. A Vale desbancou as concorrentes Phelps Dodge (EUA) e Teck Cominco (Canadá) e, com a incorporação da Inco, elevou seu valor de mercado para US$ 77 bilhões. Só perde para a australiana BHP-Billiton, avaliada em US$ 135,3 bilhões.

O arrojo de Agnelli já é considerado legendário. Contra a resistência dos barões do aço, ele conseguiu impor nos últimos dois anos um aumento acumulado de 100% no preço do minério de ferro, hoje cotado em média por US$ 40 a tonelada. E a tendência do preço é continuar aumentando.

A determinação deste descendente de pobres imigrantes italianos, que carrega corrente de ouro no pescoço e já dirigiu o Bradesco, maior banco privado brasileiro, parece combinar com a história da Vale, nascida em berço de ferro. Nos primórdios da empresa, o minério era extraído com marretadas, picaretas e até mesmo no muque.

Criada por decreto em 1° de junho de 1942, em plena ditadura do Estado Novo, a Companhia Vale do Rio Doce iniciou suas atividades em Itabira (em tupi, pedra que brilha), então uma pacata cidade do interior de Minas Gerais. Carlos Drummond de Andrade (1902–1987), um dos maiores nomes da poesia brasileira, natural de Itabira, a descreveu como cidade que tem "noventa por cento de ferro nas calçadas; oitenta por cento de ferro nas almas".

História de sucesso

Itabira cresceu com a Vale – hoje tem 107 mil habitantes – e a Vale expandiu-se no país e no exterior. Depois de montar um complexo mina-ferrovia-porto, em 1951, a estatal exportou seu primeiro 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro. Seguiu-se uma década de política de comercialização agressiva, que a transformou numa exportadora de peso mundial.

Entre 1969 e 1979, as vendas da CVRD ao exterior cresceram 285% e a empresa se consolidou como a maior exportadora de minério de ferro do mundo, posição que ocupa até hoje. Em 1985, colocou em operação o projeto Ferro Carajás, iniciando a exploração de reservas de 18 bilhões de toneladas de ferro no sul do Estado do Pará.

Privatização polêmica

Embora sempre tivesse operado com balanço positivo, batendo seguidos recordes de produção e faturamento, a empresa foi privatizada em maio de 1997 pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Dois bancos estrangeiros avaliaram em R$ 10,36 bilhões as ações da CVRD, mas não consideraram o potencial das reservas minerais em poder da empresa.

Resultado: o Consórcio Brasil, formado pela Companhia Siderúrgica Nacional, a Bradespar (do grupo Bradesco) e o fundo de investimentos Previ, arrematou 41,73% das ações por R$ 3,3 bilhões, o suficiente para assumir o controle da empresa. Ficou no ar a sensação de que foi um jogo de cartas marcadas.

Passados quase dez anos, ainda hoje críticos insistem que a Vale foi vendida abaixo de seu valor real. Foi pedida a revogação do processo de privatização em mais de 100 ações, algumas ainda em trâmite na Justiça. As chances de vitória para os acusadores são consideradas mínimas por especialistas. Em 2007, o Movimento dos Sem Terra pretende lançar uma campanha pela reestatização da CVRD.

Potência mundial

Desde a privatização, a Vale caminha a passos largos para se tornar um global player. Hoje é um conglomerado de 64 empresas com 39 mil funcionários, atuante em 40 países. Seu faturamento saltou de R$ 11 bilhões em 2001 para R$ 33,9 bilhões no ano passado. No mesmo período, seu lucro pulou de R$ 3,1 bilhões para R$ 10,9 bilhões.

A ascensão da Vale é de roubar o fôlego. A mesma companhia que extraiu 133 milhões de toneladas de minério de ferro em 2001 pretende atingir um volume de 300 milhões de toneladas em 2007. Em setembro passado, inaugurou em Minas Gerais o complexo Brucutu, maior mina de ferro em capacidade inicial de produção do mundo. A capacidade instalada da mina é de 30 milhões de toneladas.

Quando começou a operar em Itabira, há 64 anos, tudo – das ferramentas ao minério – era transportado por burricos. Hoje a companhia possui uma frota de 988 locomotivas e 61.956 vagões para transportar mais de 40 tipos de minérios que explora.

Responsabilidade social

Não só as estatísticas da produção, mas também os índices de responsabilidade social da companhia impressionam. Programas mantidos pela Fundação Vale do Rio Doce e pela CVRD promovem o desenvolvimento social em cerca de 500 municípios brasileiros, beneficiando três milhões de pessoas, garante a empresa.

Ao redor de sua maior mina, a do projeto Ferro Carajás, no Pará, a Vale assumiu a proteção de 1,2 milhão de hectares de florestas. Além disso, presta um chamado "apoio voluntário" de R$ 25 milhões ao ano a 3.500 índios. Essa ajuda, no entanto, não tem impedido conflitos entre os povos indígenas e a empresa, o último deles ocorrido justamente no momento que a Vale fechava o maior negócio de sua história.

A prioridade da empresa para os próximos anos, segundo informou sua assessoria de impresa à DW-WORLD, é “trabalhar na integração das duas companhias e pagar a dívida (de US$ 15,5 bilhões?, contraída na aquisição da Inco) no mais curto espaço de tempo possível. Com os projetos em carteira e a Inco, chegaremos à liderança da área de níquel até o final desta década”.

Uma das maiores empresas do mundo. Minerio
















terça-feira, 19 de julho de 2011

O QUE É MEIO AMBIENTE?

MEIO AMBIENTE - é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

BIOSFERA - biosfera. Bios vem do grego "vida". A biosfera se estende um pouco acima e um pouco abaixo da superfície do planeta é uma película de terra firme, água, energia e ar que envolve o planeta Terra. É o habitat viável de todas as espécies de seres vivos.

ECOLOGIA - É o estudo do lugar onde se vive, com ênfase sobre a totalidade ou padrão de relações entre os organismos e o seu ambiente. Deriva do grego "oikos" = casa e "logos"=estudo, ou seja, o estudo do meio ambiente onde vivemos e a sua relação e interação com todos os seres vivos.

Obs: IMPACTO AMBIENTAL - qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais .

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Parque da Serra da Canastra

A região ecoturística da Serra da Canastra tem mais de 200 mil hectares e abrange 6 municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio. A maior atração é o Parque Nacional da Serra da Canastra, criado em 1972 para proteger as nascentes do rio São Francisco e que tem a portaria principal a 8 km de São Roque de Minas. Dentro do Parque Nacional estão alguns dos mais belos cartões postais do Brasil, como a cachoeira Casca D'Anta, de quase 200 metros, a primeira grande queda do "velho Chico".
A região é o berço de muitos rios que ajudam a formar as bacias do São Francisco e do Paraná. Rios de uma infância ruidosa, cheia de corredeiras e cachoeiras que passam dos 200 metros de altura.
A paisagem se alterna entre campos rupestres cheios de delicadas flores, cerrado típico e matas de galerias com exuberante vegetação atlântica. É nesse ambiente que vivem protegidas espécies de animais ameaçados de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o tatu-canastra e o pato mergulhão. (Mergus octosetaceus)





voçoroca

A voçoroca ou boçoroca é uma ferida aberta num terreno, seja ele horizontal ou não; ou um talude de um morro.
Vamos entender, primeiro, como ela aparece para, depois, mostrar as conseqüências por ela existir.
Basicamente, há duas formas de se começar uma voçoroca; a primeira é pelo corte de um talude (a parte lateral de um morro) para a construção de uma estrada ou utilização de espaço, ou para se aproveitar o material em aterros (chamados empréstimos) em outros locais, ou ainda para possibilitar uma mineração.
Evidente é que, o corte de um terreno carrega consigo toda a vegetação e a terra fértil nele existente. Supondo que não se faça uma recuperação rápida na parte cortada, ela ficará exposta ao impacto direto da chuva e, também, às correntezas das chuvas passando por cima dela. Começa, então, a acontecer o fenômeno denominado erosão, que é o transporte do material terroso pelas águas.
A outra forma de acontecer uma voçoroca é pelo desmatamento. Os vegetais, não importando seus tamanhos, têm raízes que funcionam com "presilhas" do solo; as árvores agem como "guarda-chuvas" do solo, e a vegetação em geral age como um redutor de velocidade das águas que correm no solo. No desmatamento, as "presilhas" ficam frágeis; sem a árvore, desaparece o "guarda-chuvas", possibilitando o impacto direto que "machuca" o terreno; já, sem a vegetação, principalmente a rasteira, a velocidade das águas fica aumentada sobre o terreno, possibilitando alastrar a "ferida" da terra. Em outras palavras, vai havendo o arraste de material terroso e, com o tempo, a "ferida" do solo vai aumentando em profundidade e largura.
Agora, vamos explicar as conseqüências.
A primeira delas, que começa na voçoroca e se estende até os caminhos próximos para onde estiverem indo às águas, é a promoção da infertilidade na região da voçoroca e depois dela, pois haverá um cobrimento das camadas férteis adiante (desertificação ou aridez), visto que quase todos os terrenos têm uma camada de solo fértil por cima. No caso, essa camada, quando arrastada, promoverá, de imediato, a infertilidade. No campo, onde se retira a vegetação para dar lugar às pastagens, volta e meia a natureza se vinga pelo alagamento das próprias áreas de pastagens, visto que os rios principais, de tão assoreados, isto é, preenchidos com o material terroso para eles carregados, começam a procurar caminhos preferenciais para o escoamento das águas que seus leitos primitivos não conseguem mais transportar. Além disso, o alagamento irá destruir as árvores restantes pelo afogamento de suas bases acima do solo.
Outra conseqüência é que, os rios naturais passam a ter seus leitos (suas calhas) assoreadas, soterrando toda a flora e fauna situadas nessas calhas, e que são os alimentos dos animais que dependem do fundo. O soterramento dos vegetais e de pequenos animais de fundo faz com que esses morram e essa matéria orgânica morta comece a dar origem a reações bioquímicas que irão prejudicar a qualidade das águas, como um todo.
O outro efeito é que, esse material terroso, no caso das zonas urbanas, vai também sendo levado para o leito dos rios e canais (assoreamento) e para as galerias de águas pluviais.
Nas cidades, tanto o enchimento das calhas dos rios e canais, quanto o enchimento dos bueiros e tubulações de água pluviais, dificultarão o livre escoamento das águas de chuva e, com isso, ficará facilitado o processo das enchentes urbanas.

Voçoroca


Observação da Natureza

A vida selvagem desperta o interesse dos seres humanos de uma maneira única. Seja no cantar dos pássaros ou no flagrante de uma perseguição entre predador e caça, o mundo animal conquista cada vez mais adeptos. Ter paciência, disciplina e sorte são palavras que não podem faltar no vocabulário de uma pessoa interessada em avistar animais em seu habitat natural, sem esquecer na vestimenta e no posicionamento. A Canastra oferece diversas espécies para serem observadas, entre elas o Tamanduá-Bandeira, o Tucanuçu, O Lobo-Guará, a Ema, o Veado-Campeiro e outras várias espécies de aves.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Plano Pardo

O Plano Pardo corresponde ao processo de “Consolidação do Conhecimento sobre os Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e Elaboração do Programa de Ações da Sub-Bacia do Rio Pardinho”. A finalidade principal é implementar na bacia hidrográfica, através de uma proposta integrada, articulada e participativa, as ações para atingir os objetivos definidos pela comunidade da bacia, ou seja, trata-se da construção de acordos e compromissos, entre a comunidade da Bacia, de modo a haver o comprometimento com as prescrições dispostas e a fiscalização quanto à realização de metas. A Lei Federal 9.433/97 em seus art. 6º, 7º e 8º descreve os planos de recursos hídricos, como planos diretores, que devem conter um conteúdo mínimo, sendo elaborados por bacia hidrográfica, Estado e para o País.

Segundo a Lei Estadual-RS 10.350/94 (Art. 28) os planos de bacia devem ser elaborados pelas Agências de Região Hidrográficas, e aprovados pelos Comitês de Bacia. No entanto, não existem agências de bacia no estado do Rio Grande do Sul, sendo contratada uma empresa para este fim, no caso a Ecoplan Engenharia.

O Plano Pardo consiste em três etapas (A, B e C) desenvolvidas em seqüência, e cada etapa tem seu respectivo relatório, versão revisada ou final, apresentando os resultados de forma sintética, integrada e dirigida, em versão PDF disponibilizados nesta página. Vale lembrar que para um entendimento mais completo e integrado dos temas é indispensável a consulta aos relatórios das três etapas e se possível, aos relatórios parciais (disponíveis na sede do Comitê Pardo).